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Uma guitarra envenenada pelo mesmo deus que envenenou o violino de Paganini tangeu a solidão do meu quarto nos últimos anos. Gostava de tudo no The White Stripes, que no último dia 2 anunciou o seu fim, da monotonia cromática, das versões que eles fizeram das músicas de Bob Dylan, da frenética e inquietante mistura de blues e rock carregada de pitadas de punk de butique e principalmente da rebeldia, até mesmo da inusitada formação guitarra e bateria de Jack e Meg. Eles foram sempre à prova de que três acordes dão sim em boa música e que uma dupla, não precisa ser necessariamente algo intragável, como sugerem os breganojos, que tomaram de assalto a mídia brasileira.
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