Foto: Claudio Rasana: Katlehong Matsenen 2016 from the series Similar Uniforms.
O prêmio Taylor Wessing, atribuído pela
National Portrait Gallery de Londes foi este ano para o suíço Claudio Rasana. A
fotografia laureada é um primor de registro. Alguns poderão dizer, mais o que
esta foto tem de tão especial que mereça ser destacada com um prêmio? Essa
pergunta acontece sempre. Eu mesmo já ouvi inúmeras vezes muita gente
inteligente perguntar o que pode ter de especial uma foto. Isso ocorre, penso
eu, porque estamos mal acostumados a imaginar na foto no que ela tem apenas de
aparente, e não naquilo que ela tem se sugestivo.
Num contexto de uma sociedade que tudo
quer enquadrar, alinhar e uniformizar, a foto de Rasana sugere, através do
olhar de atitude inquieta do rapaz e da gravada desmazelada, um desalinho com
as normas que impõem homogeneização às individualidades. Está aí o quê de
especial na foto. Ela demonstra o inconformismo e o desalinho com as convenções
que tenta nos impor vontades. O indivíduo revela-nos a foto de Rasana,
prevalecerá sempre, a despeito das tentativas de uniformização.
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