Ontem os jornais anunciaram que a taxa
de juros selic caiu 0,25 pontos percentuais. No mesmo dia, os membros do maior
cartel do mundo (que também atende pelo nome de OPEP) foi à imprensa anunciar a
redução da produção de petróleo, com o intuito de ajudar as economias
dependentes da exportação desse produto, aumentarem as suas receitas. Não
entendo economês, mas jurava que todos esses anúncios na imprensa, pelo ar de
contentamento dos apresentadores, sugeriam que a engrenagem da economia estava
sendo, finalmente, azeitada com óleo e não com arreia. Desejoso de comprar um
livro saltei do sofá e corri à internet. Se a economia vai bem os livros devem
estar uma baba. Ledo engano. O entusiasmo dos economistas não se refletiu no
ânimo das lojas virtuais. Imagina que um livro que namoro há dias saia da loja
na semana passada por 9,90 mangos. Ontem o mesmo livro estava por 35,94
mirréis. Hoje o livro só sai da loja pela assustadora quantia de 44,93
dinheiros. Não adianta a taxa de juros caírem, os carteis acenarem com boas
notícias, ninguém está acreditando mais nos gurus de Wall Street. O resultado
disso tudo é que a estante lá de casa vive reclamando orfandade dos livros.
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