É fato consumado que grande parte do que determina a qualidade de uma obra artística, está relacionado com um conjunto de valores arbitrário, que convencionado por um grupo, passa a ser visto como valoroso pelos demais. Dessa maneira valores como a beleza - relacionada a determinados atributos físicos, por exemplo - estabeleceu, por muito tempo, as qualidades exigida para fazer desse ou daquele quadro, uma obra admirável.
Muitos artistas, no entanto, alteraram esse consenso e fizeram, a sua maneira, ver que, ao menos em arte, o que é belo e admirável é a capacidade de revelar coisas que a maioria tende a ignorar.
O último desses grandes mestres foi o pintor alemão Lucian Freud que morreu ontem (20) aos 88 anos. Neto do psicanalista Sigmund Freud, Lucian se notabilizou pelos seus quadros que retravam personalidades, anônimos e a si mesmo, em toda sua fragilidade humana.
Creio haver uma alta dose de verdade em encarar a realidade dessa maneira, sem fantasia, sem subterfúgio, sem mascara.
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