Foto: Vivian Maier, New York, 1954.
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Chega aquela hora do dia em que você se encontra finalmente em casa. Depois de cumprida a labuta diária, que lhe
impedirá os vexames de ter à porta, credores lembrando-o dos compromissos
firmados e não horados, está na hora de se entregar alegremente àquele prazer
que lhe reconstitui as forças. Antes, uma passada pela cozinha, porque lá em
casa ainda não conhecemos máquinas capazes de limpar sozinha as loiças empilhada na
pia. Vencido mais essa tarefa, que nos exila dos contentamentos mais chãs,
finalmente podemos estar onde mais desejamos. Na cama, a dormir e a sonhar que
somos uma criança, a porta da uma delicatessen,
esperando a guloseima tão desejada nas mãos.
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