Distraio-me fácil. Perco-me sem razão em
meus pensamentos. Sem quê, nem porquê, ando quase sempre à deriva, ziguezagueando em minha
mente. Nessas horas o pensamento voa. Sem porto ou direção, sou carregado de um
lado a outro em completo desgoverno. Mas, de vez em quando, eu também sou capaz
de ser tomado por alguma razão. Quando isso me acontece dou basta aos devaneios,
e baixo à terra, em pouso forçado, tudo o que estava no ar. Deito tudo ao seu
lugar e digo a mim mesmo que, nada mais me ousará escapar ao meu controle. Faço
isso, não sem antes, deixar de perceber que, mais me assemelho a uma folha ou a
uma nuvem, que são apascentadas pelo vento, do que, um prédio bem assentado em suas
sólidas bases de concreto, que não tem temor algum de ser sacudido fora, por
qualquer intempérie ousada, trazida pelos maus ventos. Desculpem-me a franqueza é que ando com a máscara frouxa.
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