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A morte de um homem é sempre
um acontecimento trágico. Por várias razões não aceitamos o destino último,
que a vida nos reserva e relutamos até o fim em abandonar a existência. Mas o
ceifeiro é implacável, não tarda ao seu trabalho e nem dar descanso ao seu
ofício maléfico. Agora se esse homem foi em vida um esteio, um farol para os
seus semelhantes a dor de sua perca torna-se ainda mais intensa e sua superação
inconcebível. Sentimos-nos assim hoje, quando foi anunciada pelos medias, a
morte do escrito - de profundas raízes mexicanas - Carlos Fuentes. Sua voz esteve
nos últimos anos, a partir do chamado boom da literatura Latino Americana,
associada à política de defesa dos direitos humanos, e à luta dos valores
culturais dos povos Latinos. Isso não é pouco. Ao lado peruano Mario Vargas
Llosa e do colombiano Gabriel Garcia Marquez ele subverteu o pólo dos interesses
literários no mundo ao revelar com um estilo rigoroso os dramas e alegrias de
seu povo. Como disse Paulinha Laranjeira: "ele vai nos fazer falta".
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