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Estou longe de ser um religioso. Não
endomingo, não faço prece nem peregrino expiando os meus pecados. Os infernos
não me assustam. Perdi a fé em algum lugar na caminhada da vida, por razões que
a poeira do tempo encobriu. Da Igreja suspeito sempre de seus discursos.
Nada disso, no entanto, tira a minha
admiração pelas ações do Papa Francisco. Dia a dia ele dignifica o seu
sacerdócio e restitui à Igreja o prestígio perdido por anos de obscurantismo.
As suas recentes ações em prol da
reaproximação dos Católicos com o mundo Islâmico, os gestos de tolerância com a
orientação sexual dos fiéis e sua mea-culpa pelos anos de negligência da
Igreja, que covardemente acobertou denúncias de pedofilia, ocorridos nas barbas
da cúpula romana, sinaliza para uma tomada de consciência da Igreja aos seus
muitos pecados.
Estes fatos, se não redimem de todo a
Igreja de seus pecados históricos, ao menos indicia o arrependimento sincero de
quem já tanto mal fez e hoje busca corrigir os seus erros.
Ante um mundo em que os líderes estão
indispostos ao diálogo e demonstram anseios de resolvem suas conflitos
recorrendo apenas, ao arbitrário de sua força bruta, os gestos do Papa se tornam
necessários.
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