A moral duvidosa

Te enganei de novo
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Os Estados Unidos anunciaram ontem terça-feira (11) que o serviço secreto (esse mesmo serviço secreto, que não foi capaz de prever o atentado de 11 de setembro, acusou o Irã injustamente de está envolvido com o atentado da Panam em 1988; financiou regimes ditatoriais em toda America latrina; armou e formou  o talibã no Afeganistão, etc...) desmantelou um atentado terrorista que tinha como alvo o embaixador Saudita em Washington Adel al-Jubeir e missões de Riad e Tel Avid em Buenos Aires. O secretário de Justiça dos EUA, Eric Holder e o diretor do FBI, Robert Mueller acusaram o governo de Teerã de tramar os atentados contra um dos maiores aliados dos EUA no Oriente Médio. A se confirmar as acusações o presidente Marmud Armadinejad, que não é nenhum santo, terá muitos problemas.  Porém, nem tudo que vem de Washington é digno de fé. Na luta suja pela hegemonia do mundo os EUA já foram capazes de forjar histórias bem mais cabeludas do que essa que a imprensa do mundo inteiro vem reportando. Casos recentes envolvendo esse mesmo serviço secreto deixam dúvidas sobre a autenticidade da história. Em 2003, logo após os atentados de 11 de setembro, a CIA afirmou que havia armas de destruição em massa no Iraque. Essa informação motivou a invasão do país de Saddam. Porém, até aqui, nada foi encontrado. Talvez elas ainda estejam lá, quem sabe? Com a alta tecnologia que o regime do ditador iraquiano desenvolveu em anos no poder, ele foi bem capaz não só de desenvolver armas nucleares como também de afastá-las do alcance do Tio Sam. Com essa vergonhosa mentira os EUA inauguraram uma página na história em que lideres de grandes nações subvertem a moralidade para satisfazerem os seus interesses. Não seria surpresa nenhuma agora que os americanos usassem mais uma vez a sua arma mais eficaz, a propaganda do medo, para agredir o inimigo que insiste em não se dobrar aos grunhidos do cão feroz.  Quem nos garante que os americanos não estariam mais uma vez forjando informações para justificar mais uma barbárie? A moral duvidosa de Washington nos deixa a todos reticentes com as noticias.

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