À Deriva


Dai-me, senhor!
Nenhum juízo,
Para não ter que
Ler aviso, nas
Estradas por onde
Andar.

Percorrer,
Sem temer perigo
Estradas, desertos, abismos
E quanto mais
Me aprouver
Alcançar.

De resto,
Deixai por conta
Do acaso e da lembrança
Os muitos pontos
que meus pés
irão desbravar.

Serei
Feliz e contente
apenas, com o pó
Que levo rente,
Ao chão
Do meu caminhar.

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