Querendo meter alguma ordem à minha
cabeça para fazer de meu voto uma coisa útil, esforcei-me em ouvir os
candidatos à presidência. Assisti debates, li acusações e contra-acusações.
Avaliei propostas, pesei históricos, mas, mais do que isso, observei nos
candidatos, seu comportamento de campanha. Do que vi e li restaram-me a
convicção de que dissimular, enganar, fingir e fechar os olhos aos defeitos da
sujidade dos partidos, a ponto de apreciar e admirar grandes vícios como
grandes virtudes, foram as ações mais vitoriosas nessas eleições.
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