Não sou grande conhecedor de árvores. Definitivamente
não sirvo para botânico.
Faltam-me atributos, para reconhecer uma
árvore pelo nome. Pesa-me enormemente a ignorância das coisas simples. Mas se é
verdade que, ignoro os nomes das árvores, e que me pesa a culpa de não lhes
saber os nomes que o povo lhe dão, escapo a todas as faltas, sabendo que, não
me falta sensibilidade, para admirá-las pela beleza. E como são belas as
árvores que me surgem.
Crescem nos caminhos que me levam ao
trabalho, em meio a vegetação queimada pela inclemência do sol desses dias, umas árvores que,
como já disse, me fogem os nomes. Mas estão tão belas pelas margens e ermos que,
não me deixam indiferentes às suas insinuantes cores: vermelho carmim, roxo
vivo e amarelo ouro. Já há muito desisti de tentar adivinhar-lhes os nomes. São
saberes do povo e a eles pertencem.
A mim hoje me basta saber que, lá estão,
estendidas, heroicamente nos descampados das terras feridas pelas mãos humanas.
As brutas mãos humanas. Até quando resistirão, exuberantes e coloridas? Quantos
outros, elas ainda farão esquecer-se do labor diário, só por estarem a lhes
contemplar as formosuras quando passam por elas?
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