Depois do fim das eleições no ano
passado, com o seu insuperável festival de baixarias, mentiras e outras
imposturas, eu supôs que a guerrilha de quarto, já cansada de tanta sujidade e
desmuniciada com o fechamento das urnas, recolheria as suas baterias e faria
sossegar os canhões, apontados às mentes e corações dos incautos eleitores.
Agora podemos gozar horas amenas...
pensei eu... desfrutar os prazeres de navegar pela internet sem ter que dar de
encontro com disfarces ideológicos fajutos, travestidos em torrentes numéricas,
que dizem desmentir (ou mentem ainda mais, não se sabe) o que se supõe
“calúnias” “difamações” e ingerência midiática sem fim. Infelizmente eu estava
equivocado. Mais uma vez a estupidez não deu trégua, e a internet voltou a ser
o palco de bufões alegres, entretidos em trocar acusações.
Entrincheirados em suas posições
ideológicas, esses intrépidos agentes circenses, querem nos fazer crer, antes
gráficos, tabelas, mapeamentos econômicos, variações cambiais e outras
alquimias políticas, sabedores de todas as verdades que precisamos saber, para
ir bem nas escolhas dos dirigentes do povo. Embora pareçam esclarecer, não
fazem mais do que, monocordicamente, ladrar uma fraseologia, que logo se vê de
cara, está subordinada às exigências da tática política à qual prestam
vassalagem.
Passados mais de um ano das eleições
presidenciais não há um único momento em que não deixamos de perceber que a
política, entre outras coisas, é capaz de desmiolar os seus entusiastas e os
fazer padecer de uma certa indigência mental insuperável. Ah! Como seria bom
ser surpreendido em política, com ideias e discursos livres de amarras ideológicas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário