Encontrei dia desses, um velho amigo,
que há muito tempo não via. Dividimos um apartamento, enquanto esperávamos que
a vida, não nos derrotasse, antes de sermos devidamente diplomados pela academia.
Chegamos lá e depois disso os nossos caminhos se bifurcaram. Ele agora é
professor, creio que dos bons. Em meio as alegres lembranças, que nosso reencontro
provocou, ele sorriu e me disse que dia desses lembrou-se de mim em uma de suas
aulas. Retribui o sorriso e o ouvi, franzindo o cenho, como quem rumina os pensamentos
quanto é tomado por uma inquietação. Meu amigo disse-me que falava aos seus
alunos que, enquanto vivia os tempos da universidade conviveu com um amigo -
batendo no meu ombro - a quem deveriam todos inspirar-se. Antes que pudesse
terminar a mesura, emendei a pergunta: “Servir de inspiração? Eu? Talvez. Em que
desejas que os seus alunos falhem?”
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