Antônio Carlos Viana


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Téo Júnior me acordou hoje com a triste notícia, de que aquele que tantas vezes nos foi o motivo de encontros felizes, nos deixou hoje. Partiu o escritor sergipano Antônio Carlos Viana. Embora ele não tenha sido um escritor de grandes multidões, assim mesmo deixou-nos um conjunto de contos que, se mostram indispensáveis a quem queira apanhar, mais do que sorrisos bobos com a literatura. Além de seu legado literário, ele também nos deixou o bonito exemplo de uma vida dedicada à docência. Ainda enquanto buscava um lugar ao sol na literatura, Viana passou a vender, na frente de uma escola, cachorro-quente, para conseguir o dinheiro e o tempo que o permitisse fazer o sonhado curso de letras. Nos intervalos de atendimento, entre um cliente e outro, ele lia, incansavelmente, todos os grandes mestres da literatura e assim se preparava para o cumprimento de seu tão desejado sonho. Hoje que se comemora o dia do professor e os professores reclamam direitos e o governo manda sobre eles os cães como se de vulgares bandidos se tratasse, quis o destino que o melhor de nossos exemplos de resistência e luta deixasse-nos. Chora assim duplamente a literatura que perde um de seus melhores mestres e a docência que deixa de contar com a mais digna das vozes de oposição ao descaso. Descanse em paz Antônio.

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