Mais um dos meus fotógrafos prediletos ou como apanhar lições observando.

Foto: Gordon Parks, At Segregated Drinking Fountain, Mobile, Alabama, 1956.

Entre outros tantos aliados, a luta contra a segregação racial nos EUA, contou, com o contributo estimável da fotografia. Um dos nomes incontornáveis nessa trincheira, foi o do fotógrafo Gordon Parks. Morto em 2006, ele deixou uma série de registros fotográficos da vida cotidiana de negros americanos, que ajudaram os Estados Unidos e o mundo, a reconhecer que: há vilanias humanas, que desmentem nossas mais nobres pretensões de superioridade sobre as bestas. 

Passados tantos anos, suas fotos continuam a nos inquietar. Ao observá-las, rendemo-nos ao fato de que, as fotos não são, como disse, Susan Sontag, impessoais. Elas indiciam “não apenas um registro, mas uma avaliação do mundo”. As fotos de Gordon Parks captam o que Alfred Stieglitz, o primeiro grande fotógrafo americano, chamou de momento apropriado. O momento apropriado, escreveu Susan Sontag, “é aquele em que se consegue ver coisas (sobretudo aquilo que todos já viram) de um modo novo. E o que vemos ao mirar as fotos de Parks é a segregação racial em quadros ultrarrealistas.  

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