O furacão que vem varrendo as bolsas em todo o mundo desmoronou não só, a fragilidade do sistema capitalista, sobre a qual estão assentadas as maiores economias do mundo, como também, a moral dos banqueiros de Wall Street. Se bem que eles não prezem tanto assim pela moralidade. Tudo isso, no entanto, serviu para tornar evidente, o que alguns tomavam apenas por aparente (quanta ingenuidade). Que no mundo dos números e das finanças internacionais o paraíso financeiro pode ser uma mera miragem, produzida por alguma agência de risco, ou por balanços maquiados. E quem vai pagar a conta? Os governos do mundo capitalista já anunciaram a alternativa. Para socorrer os caloteiros das grandes financeiras e salvar bancos em dividas, os governos vão socializar o capital podre. É sempre assim, na hora de dividir os lucros ninguém aparece. Já para socializar as dívidas, qualquer alternativa ideológica menos ortodoxa é muito bem vinda. Pra piorar a situação e jogar mais descrédito no sistema que promete salvar a humanidade, os jornais anunciaram que a maioria dos líderes das empresas que entraram ou estão em vias de entrar em colapso financeiro nos Estados Unidos receberam bônus significativos pelos objetivos cumpridos em 2007. O primeiro lugar no pódio das compensações coube a John Thain, CEO da Marril Lynch, que no ano passado arrecadou 10,6 milhões de euros em prêmios de desempenho. Não nos enganemos sobre o que andamos a ver. Trata-se de um verdadeiro estupro anunciado por todas as mídias.
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